Ciclone extratropical causou inundações e destruição no sul do Brasil. Na sequência das chuvas que começaram no domingo, cerca de 60 cidades foram atingidas pela tempestade que foi classificada como um ciclone extratropical. Até ao momento pelo menos 38 pessoas morreram e o evento já é considerado o fenómeno climático com maior número de mortos no estado. Este é um exemplo do impacto das alterações climáticas e ontem, segundo António Guterres, "o colapso climático começou".

São cada vez mais fortes e frequentes os fenómenos extremos provocados pelas alterações climáticas. No planeta, ciclones, tornados, furacões, tufões, inundações, cheias, secas, incêndios, enfim uma multiplicidade de eventos que deixam milhares de pessoas desalojadas ou em condições de vida e de segurança precárias.

Ontem mesmo, o secretário-geral da ONU, António Guterres, alertou que "o colapso climático começou", numa reação ao anúncio do verão deste ano como o mais quente jamais registado no Hemisfério Norte.

Mas afinal… atendendo ao título do artigo… o que é e quais são as diferenças entre ciclone, tornado, furacão e tufão?

Aparentemente, são o mesmo nome sobre um mesmo fenómeno atmosférico: uma forte rajada de ventos que se apresenta em formato giratório ou circular e que causam fortes estragos por onde passam e é bastante destrutivo. No entanto, estes nomes referem-se a tipos e especificidades que, em alguns casos, são completamente distintos entre si.

Como os ciclones subdividem-se em dois tipos (furacão e tufão) vamos primeiro analisar a diferença entre ciclone e tornado:

Ciclone

Consiste num movimento de ar giratório que se apresenta numa grande área, envolvendo centenas de quilómetros. Habitualmente é composto por ventos com velocidades iguais ou superiores a 120 km/h e é bastante destrutivo, pois atinge um grande número de áreas.

Tornado

Consiste também num movimento de ar giratório, mas que se estabelece numa área menor, embora se apresente em velocidades maiores, que giram em redor dos 500 km/h ou mais. O grau de destruição do tornado, nos locais por onde passa é até maior que o do ciclone, no entanto é mais estreito e por isso atinge uma área mais restrita.

Uma boa forma de os distinguir é imaginar que uma pessoa a observar um ciclone em toda a sua extensão a olho nu não o consegue fazer, tal só é possível com recurso a imagens de satélite. Os ciclones podem alcançar os 1500 km de diâmetro. Por outro lado, os tornados são perfeitamente visíveis de forma direta. O seu diâmetro não costuma ultrapassar os 2 km.

Os ciclones dividem-se em tropicais e extratropicais:

Ciclones Extratropicais:

Ocorrem em áreas de latitudes médias, por um sistema de baixa pressão e sem calor no seu núcleo.

Ciclones Tropicais

Tal como o nome indica, apresentam-se em áreas tropicais, por um sistema de alta pressão e com grande calor no seu núcleo. O furacão e tufão são dois tipos de ciclones tropicais.

A diferença entre furacão e tufão é apenas a localização geográfica onde ocorrem, pois receberam nomes distintos nas diferentes regiões onde surgiram:

Furacão

São ciclones tropicais que se formam no Oceano Atlântico ao norte, no Mar do Caribe, no Golfo do México e no Oceano Pacífico próximo ao litoral da América do Norte.

Tufão

São ciclones tropicais que se formam no Oceano Pacífico a leste da Linha Internacional da Data (linha imaginária localizada nos extremos leste e oeste do planeta a qual marca a mudança da data), próximo ao Japão, ao sul da Ásia e também na porção leste do Oceano Índico.

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