03-08-2021
Adotar a Diretiva INSPIRE evita a Cristalização dos Modelos de Dados
Tradicionalmente a autonomia municipal permite que cada município tenha, nos seus sistemas de informação cadastrais, os modelos de dados que considerar mais convenientes para a sua atividade, tendo em conta a sustentabilidade desejada, e que melhor se adequem aos processos de trabalho aí estabelecidos.
Porém, quando é necessário partilhar esses dados entre vários municípios, por exemplo no contexto de uma comunidade intermunicipal, como apoio à resiliência ambiental ou para fomento da biodiversidade local, a inexistência de um modelo de dados comum revela-se um verdadeiro problema, não só pela incompatibilidade de atributos (que existem nuns municípios, mas não existem noutros), mas também pela adoção de listas de valores com significados totalmente díspares.
É neste contexto que a Diretiva INSPIRE se revela como um excelente paradigma de modelação de dados, apontando princípios claros, que levam à criação de modelos de dados que se adaptam a várias necessidades, mas, ao mesmo tempo, que permitem ter uma raiz comum às várias entidades envolvidas. Ou seja, utilizando os princípios preconizados na Diretiva INSPIRE, nomeadamente classes com herança e a utilização de code lists, é possível criar-se um modelo generalista, o qual pode ser especializado para se adaptar a necessidades específicas de cada município.
A modelação de dados seguindo orientação a objetos é, desta forma, a maneira mais adequada para a existência de modelos de dados estáveis, mas que possam também crescer, não ficando cristalizados.
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